Caro leitor,

Acredito que a interação de ideias faz parte do crescimento individual e coletivo, em toda extensão do conhecimento. Só cresce aquele que encontra o que busca e o mais importante: compartilha.
Suas opiniões serão bem vindas!

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

E agora? Estou inserido num mundo de inúmeras possibilidades!

Jardim de Infância um ano, Ensino Fundamental oito ou nove anos, Ensino Médio três anos – doze a treze anos na trajetória para o futuro profissional.
E agora? O que escolher? O que realmente minhas habilidades e competências me direcionam?  Estas e mais dúvidas passam pela mente de nossos estudantes do terceiro ano ensino médio. 
O que é importante:  incentivar o aluno na busca da pesquisa de mercado;  conhecer as profissões e seus desafios no mundo do trabalho. Sempre haverá um crescente número de profissões novas, características da exigência de novas tecnologias e o desconhecimento disto resulta na falta de especialistas no mercado do trabalho.
 Vejo a necessidade da existência do profissional da área de psicologia dentro das escolas, ele completaria esse eixo de conexão que falta no estudante diante de sua escolha profissional – conhecer-se a si mesmo, sua capacidade em produzir, suas preferências, enfim a sua personalidade o habilita para que áreas. Penso que não há êxito se não pensarmos na trajetória do início ao fim. Um produto não se realiza sem planejamento e acompanhamento para as suas necessidades e características.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Mesmo que a educação nesse país é desvalorizada sempre teremos grandes educadores na luta de fazer o seu melhor!

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Estamos acostumados de ouvir que os professores estão cansados e que isso reflete sobre a educação, basta conferir os resultados. Sobre nossos ombros recai toda a responsabilidade da aprendizagem. O que não se  divulga na mídia são os trabalhos em prol da educação de muitos professores, que buscam de todas as formas possíveis valorizar a forma de transmitir conhecimentos ao seu alunado. Confira dando um click no link acima, a prova de  dedicação e carinho de uma educadora que busca na sensibilidade da arte mostrar um novo olhar sobre a forma de ensinar e transmitir conhecimentos. Basta um click!

Buscando entender...

Tentando compreender o que  faz com que muitos blogs de diversos temas e designer ficassem no anonimato. Busquei respostas na minha própria busca. Entrado e saindo de blogs cheguei a uma conclusão: - Não podemos contentar a gregos e trorianos, por um simples motivo - somos motivados por interesses imediatos que satisfaçam nossa curiosidade e nossas indagações mais profundas.  De imediatismo estamos acostumados e tudo que leva tempo para ser assimilado deixamos de lado. Esse imediatismo às vezes me assusta, porque é na pressa em que se entra em conflitos que poderiam ser evitados.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

VIVER A PAZ: O EXERCÍCIO DA AUTORIDADE

VIVER A PAZ: O EXERCÍCIO DA AUTORIDADE: "“ Mas o fruto do Espirito é: caridade, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.” Galatas 5:22. Se lermos ..."

domingo, 3 de outubro de 2010

Magias e encantos eis que chegou ela - a primavera!

     Cada estação tem suas características e trazem a sensação de que o tempo está passando e a descoberta de uma nova gama de sensações, sabores e cores. Então o inverno dá passagem à primavera.







 Primavera estação das flores, cores, perfumes, magias e encantos.

Dor Insana

Renunciei ao desejo insano
O desejo de te amar
A mais forte dor senti
E a saudade se fez presente
Em todos e em tudo.

Caminho pelas ruas
Em busca do teu rosto
E em vão e sem rumo
Chego a um porto
Que não é seguro.

Não temo a morte
Porque melhor é morrer
Do que não te ver
E pior ainda é saber
Que a uma busca frenética
Não consigo te esquecer.

Desejo

Olho e não vejo
Vejo e não sinto
Porque ninguém me faz feliz
Como você

Quisera que voltasses pra mim,
Quisera sentir a tua ternura
Quisera olhar-te outra vez
Quisera ver-te em tua simplicidade
Quisera amar-te, simplesmente te amar


Ah! Meu amor que me faz sentir
Como se os anos não cumprissem seu papel
E diante do desejo
Cumprissem o clamor de um beijo
Um beijo que não foi dado
Mas cobiçado.

Meu maior desejo
É te envolver em meus braços
Braços de puro amor,
Amor descompromissado,
Louco, intenso.
Ah! Quisera que voltasses pra mim...

sábado, 25 de setembro de 2010

Comportamentos

Este alerta está colocado na porta de um espaço terapêutico.



> O resfriado escorre quando o corpo não chora.

> A dor de garganta entope quando não é possível comunicar as aflições.

> O estômago arde quando as raivas não conseguem sair.

> O diabetes invade quando a solidão dói.

> O corpo engorda quando a insatisfação aperta.

> A dor de cabeça deprime quando as duvidas aumentam.

> O coração desiste quando o sentido da vida parece terminar.

> A alergia aparece quando o perfeccionismo fica intolerável.

> As unhas quebram quando as defesas ficam ameaçadas.

> O peito aperta quando o orgulho escraviza

> O coração enfarta quando chega a ingratidão.

> A pressão sobe quando o medo aprisiona.

> As neuroses paralisam quando a"criança interna" tiraniza.

> A febre esquenta quando as defesas detonam as fronteiras da imunidade.

> Preste atenção!

 O plantio é livre, a colheita, obrigatória ... Preste atenção no que

> você esta plantando, pois será a mesma coisa que irá colher!!

Uma boa mãe torna-se desnecessária!

A boa mãe é aquela que vai se tornando desnecessária com o passar do tempo.


Várias vezes ouvi de um amigo psicanalista essa frase e ela sempre me soou

estranha. Até agora. Agora que minha filha adolescente, aos quase 18 anos,

começa a dar vôos-solo. Chegou à hora de reprimir de vez o impulso natural

materno de querer colocar a cria embaixo da asa, protegida de todos os

erros, tristezas e perigos. Uma batalha hercúlea, confesso. Quando começo a

esmorecer na luta para controlar a super-mãe que todas temos dentro de nós,

lembro logo da frase, hoje absolutamente clara. Se eu fiz o meu trabalho

direito, tenho que me tornar desnecessária.

Antes que alguma mãe apressada venha me acusar de desamor, preciso explicar

o que significa isso. Ser 'desnecessária' é não deixar que o amor

incondicional de mãe, que sempre existirá, provoque vício e dependência nos

filhos, como uma droga, a ponto de eles não conseguirem ser autônomos,

confiantes e independentes.

Prontos para traçar seu rumo, fazer suas escolhas, superar suas frustrações

e cometer os próprios erros também. A cada fase da vida, vamos cortando e

refazendo o cordão umbilical. A cada nova fase, uma nova perda é um novo

ganho, para os dois lados, mãe e filho. Porque o amor é um processo de

libertação permanente e esse vínculo não pára de se transformar ao longo da

vida.Até o dia em que os filhos se tornam adultos, constituem a própria

família e recomeçam o ciclo. O que eles precisam é ter certeza de que

estamos lá, firmes, na concordância ou na divergência, no sucesso ou no

fracasso, com o peito aberto para o aconchego, o abraço apertado,o conforto

nas horas difíceis.

Pai e mãe - solidários - criam filhos para serem livres. Esse é o maior

desafio e a principal missão. Ao aprendermos a ser 'desnecessários', nos

transformamos em porto seguro para quando eles decidirem atracar.

Márcia Neder.









sábado, 11 de setembro de 2010

O Laço e o Abraço

Eu nunca tinha reparado como é curioso um laço... uma fita dando voltas.


Enrosca-se, mas não se embola, vira, revira, circula e pronto: está dado o

laço. É assim que é o abraço: coração com coração, tudo isso cercado de

braço. É assim que é o laço: um abraço no presente, no cabelo, no vestido,

em qualquer coisa onde o faço.



E quando puxo uma ponta, o que é que acontece? Vai escorregando...

devagarzinho, desmancha, desfaz o abraço.



Solta o presente, o cabelo, fica solto no vestido.



E, na fita, que curioso, não faltou nem um pedaço.



Ah! Então, é assim o amor, a amizade.



Tudo que é sentimento. Como um pedaço de fita.

Enrosca, segura um pouquinho, mas pode se desfazer a qualquer hora,

deixando livre as duas bandas do laço. Por isso é que se diz: laço

afetivo, laço de amizade.



E quando alguém briga, então se diz: romperam-se os laços.

E saem as duas partes, igual meus pedaços de fita, sem perder nenhum

pedaço.

Então o amor e a amizade são isso...



Não prendem, não escravizam, não apertam, não sufocam.



Porque quando vira nó, já deixou de ser um laço

                   Mário Quintana

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Um kit de pincéis e cores...

Fico a refletir sobre o verdadeiro significado da vida, o que ela realmente representa para mim. Imagino pincéis de vários tamanhos e modelos, potes de todas as cores e do tamanho do mundo. Imagino Deus colocando-o a minha disposição esse kit de cores e pincéis.
O que fazer com ele? Que cores estou utilizando para colorir meu dia a dia? Que cores estou a utilizar no mundo? Em meus relacionamentos, nos meus empreendimentos? E com que cor permito olharem Deus em minha vida?
São tantas e tantas cores que posso utilizar, criar, misturar...
As cores são o resultado de minhas ações, atitudes e os pincéis são os instrumentos pelos quais eu exerço as minhas escolhas.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

A Gratidão Multiplica a Abundância

Tenho percebido que o universo ama a gratidão. Assim, quanto mais agradecido você for, maiores serão os benefícios que obterá. Quando digo benefícios, não me refiro apenas a objetos materiais, mas também incluo, entre eles, todas as pessoas, lugares e experiências, que tornam a vida tão maravilhosamente digna de ser vivida.

Você tem consciência de que está bem quando a sua vida é plena de amor e alegria, saúde e criatividade, e você encontra todos os sinais abertos por dar prosseguimento as suas tarefas ou empreendimentos. E desta maneira que nossas vidas devem ser vividas.

O universo é doador, generoso, abundante e gosta de ser apreciado.

A gratidão põe em ação mecanismos para que se tenha mais motivos para sentir gratidão. Ela aumenta a abundância da vida que você tem. A falta de gratidão, ou as queixas, nos dão poucos motivos para que nos regozijemos.

Os que vivem se queixando sempre acham que têm poucas coisas boas em suas vidas ou, então, não usufruem o que têm. O universo sempre nos dá aquilo que acreditamos que merecemos.

Muitos de nós fomos educados para apenas olhar para o que não têm, e sentir falta dessas coisas.

Somos produtos da crença na escassez e assim ficamos nos indagando por que nossas vidas são tão vazias...

Nós devemos ser gratos até para lições que aprendemos. Não fuja das aprendizagens, pois elas são pequenos pacotes que envolvem tesouros que nos foram oferecidos. Na medida em que formos aprendendo com elas, nossas vidas sofrerão uma transformação para melhor.

Utilizemos o máximo de tempo para agradecer, diariamente, tudo de bom que há em nossas vidas.

“Texto retirado do livro” Gratidão” de Louise L. Hay

A Maior Flor do Mundo | José Saramago

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

O som do coração de mãe!

Na quinta-feira (30/julho/2010), acompanhei minha filha para realização de uma ecografia cardiológica. Vendo-a ali deitada com eletrodos no peito, séria, mas tranquíla. Ela estava confiante, pois a mãe encontrava-se ao seu lado. Num dado momento em que no exame ouviu-se o som dos batimentos cárdiacos dela, senti a mesma emoção de quando realizei a primeira ecografia pré-natal. Ela era ainda um feto de dois meses. Mas aquele som era o mesmo, inconfundível e as emoções sentidas na época, agora se faziam presente - um misto de alegria com vontade de chorar. Talvez eu não terei a oportunidade de ouvir os batimentos cardíacos de meus netos, mas com certeza ela lembrará desses momentos, porque mãe nunca esquece do som do coração dos filhos.  É o coração de mãe vive em sintonia com os corações dos filhos.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

A violência escolar

O que gera a violência? O bebê quando nasce sua capacidade em aprendizado está completamente vazia e isso dá abertura a todo tipo de conhecimentos. Seus primeiros ensinos são ministrados pelos seus progenitores, familiares, observação própria... Um bebê possui essa capacidade de observação, porque é própria do ser humano em toda a sua trajetória de vida. Porque o exemplo fala mais alto? é exatamente por esta capacidade inata de observação. O que quero dizer com isso? Que quando recebemos nas escolas as crianças no período inicial que é no jardim A ou B, elas nos chegam com essa capacidade de aprendizado com lacunas preenchidas e outras vazias. Tanto uma como a outra o professor terá que trabalhar direcionando para a harmonia e equilíbrio do ser integral - fisico, psico-emocional. Talvez para uma criança esse tipo de aprendizado terá que ser dentro do ambiente escolar, pois no familiar não terá chances pela desestrutura psico-emocional dos pais. Que chances terá uma criança de não ser agressiva, se o que aprendeu e aprende desde muito cedo a vivenciar a violência fisica e verbal. Que domínios de respeito terá ela? Que imagem de si mesma se projeta dentro dela ? Muitas vezes dentro de atos de agressividade é a única linguagem em que ela possui para comunicar suas emoções e sentimentos. Porque eu amo? Porque um dia alguém me amou e mostrou-me como é amar - esse aprendizado faz parte do universo das mães. São elas que dão o marco inicial das emoções positivas e, quando não desempenham seu verdadeiro papel no lugar de emoções positivas assumem as negativas. E assim, o homem vai fabricando suas teias aonde passar com descargas positivas ou negativas gerando conflitos ou crescimentos. A violência sempre fará parte em todos os setores da vida, porque depende de cada um o desempenhar a sua parte. Nós professores devemos olhar a criança como ser integral. Trabalhar não só com o cognitivo mas com o emocional. As duas partes juntas. Onde uma é separada da outra o efeito não será o desejado. É por isto que no currículo de disciplinas acadêmicas ( curso letras) é incluída a psicologia. Somos nós os professores que formamos médicos, psicológos, políticos, dentistas, filosófos...e dentre outras profissões. Somos nós os responsáveis pelo despertar do futuro, dentro de um tempo presente. O que nos chega, já vem pronto com algum aprendizado, se negativo ou não, é aprendizado de comportamento e cabe à nos o despertar para a transformação de escolhas. Sim escolhas, porque nascemos livres para escolher entre o bem e o mal. Nas escolhas podemos influenciar para o bem, mas a decisão sempre será dele. Nós os professores temos grande responsabilidade em nossas mãos e talvez será a única chance daquele índividuo de acertar em suas escolhas. Onde pais fracassam, os professores têm a chance de mudar o rumo da trajetória de vida de muitos. Todo aquele que vier em tuas mãos não o despeças vazio, preencha-o com atos de bondade e a bondade se multiplicará no mundo.

Pequenas reflexões!

Conta-se que um proprietário rural observando o modo de reagir de seu capataz, intrigou-se e resolveu questioná-lo.
- Olha tenho o observado e vejo que se você não tem problemas com a familia, é com parentes, amigos, vizinhos ou com você mesmo... Vives rodeado de conflitos. Olhes para mim: tenho paz, sou financeiramente bem sucedido, não tenho problemas e sou um ateu. Mas você um cristão fervoroso e não tem paz.
Ao que o capataz respondeu:
- Padrão se você tivesse caçando a dois marecos que estão em pleno vôo e atingisse um, que automaticamente cai aos seus pés. Em qual continuarias perseguindo?
- Ao que ainda está voando!
- Pois bem, você é aquele que caiu aos pés do caçador e eu sou aquele que continua voando, sendo o objeto de interesse do caçador.
Nesta pequena ilustração o caçador representa a Satanás e os dois marecos a duas classes de crentes.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Laura Pausini - It's Not Good-Bye (Legendado)

Marcus Miller - Moonlight Sonata (Live)

Sonata ao Luar - Beethoven

[HISTÓRIA DE SUPERAÇÃO] - BETHOVEM

Abraão Lincoln

Andrea Bocelli

Andrea Bocelli & Sandy Vivo por ela[ella]Vivo per lei[clipe]

My Dream (andrea bocelli sogno)

Resta Qui (Stay with me) - Andrea Bocelli

quinta-feira, 22 de julho de 2010

O que difere em nossa vida!

Não há capacidade ou talento em que se possa aprimorar ou mesmo desenvolver-se, quando não compartilhado. Enriquecemos o nosso universo de saberes ou deixamos de contribuir pelo simples fato de não reconhecermos o que somos capazes de apreender. Cada indivíduo possui uma maneira de ver, sentir os fatos que o cercam e, é por isso a existência de riqueza nos detalhes e na gama de saberes difundida em nosso mundo comtemporâneo. O que seria do mundo se os grandes pensadores, filósofos, médicos, músicos,e dentre outros, não nos mostrassem o seu modo de contemplar e apreciar suas interpretações e invenções?
Penso que na convivência dos pais e filhos deve haver essa preocupação, por parte dos progenitores, o incentivo à criança para o despertar de sua inteligência. Não só o despertar como a compreensão dela e as possibilidades de se ampliar em prol do bem comum. Sou uma educadora e trabalho com múltiplas personalidades e minha preocupação é nesse sentido - como despertar a inteligência latente, mas que está adormecida por diversos motivos e fatores.

Andrea Bocelli - Melodramma

sábado, 12 de junho de 2010

O conhecimento não tem limite fisico e etário...

Se você pensa que já viveu o suficiente e esses anos todos lhe deram a experiência necessária para a sobrevivência útil, simples e acomodada. Você está vivendo num mundo falso, aonde cedo ou mais tarde virá a sentir-se inútil, despreparado para a nova realidade. Esse tipo de pensamento já não é adequado ao avanço tecnológico de nossa sociedade atual. Onde a informação bombardeia a todo instante, trazendo novas técnicas, novos métodos, novas visões de mundo e comportamentos.
Hoje é necessário que o indivíduo tenha um hábito de leitura e de conteúdo diversificado, ou então, ficará no anonimato e outros tomarão o seu lugar. Estamos vivendo numa sociedade altamente competitiva que requer indivíduos capazes de resolver os imprevistos, ou seja, tornar algo que se mostra um problema em uma solução. Inovar, recriar, idealizar, superar desafios, integrar-se, conhecer seus limites, entender de relacionamento pessoal, ser feliz são requisitos importantes para o perfil do profissional não do futuro distante, mas de agora.
Será que estamos parados no tempo ou sob a direcção disso?

terça-feira, 20 de abril de 2010

"Me limito quando me descrevo."

Interessante e inteligente pensamento. Nós seres humanos somos complexos, um universo único, individual e à parte.
Ùnicos porque não existe ninguém igual a você. À parte porque essa particularidade de ser individual e único, além de te diferenciar do outro, faz com que busque e sinta o mundo em que vives, de maneiras distintas. Então, és capaz de conhecer-te integralmente e parcialmente o outro. E nessa filosofia a percepção de ti mesmo só se completa na morte.
Quando nascemos dependemos da ajuda dos pais para sobreviver, não conhecemos ainda nossa capacidade de ser. Na adolescencia buscamos a identidade, aqui é a fase da crise existencial, descrevendo-me neste período estou me limitando ao que busco – identificação com o meio em que vivo e ser aceito por ele. Na fase adulta já sabemos o que queremos e pensamos que temos o controle sobre nós mesmos, descrevendo-me me limito ao que acredito ser. Na velhice , a fase da experiência vivida, descrevendo-me nesta, também me limito, porque parcialmente minha memória já está em declínio e os valores que tinham importância na juventude já não são mais os mesmos.
Quando me descrevo nas fases em que me encontro no momento em que vivo, estou me limitando a um conhecimento que se amplia a medida em que envelheço.

domingo, 4 de abril de 2010

Um olhar atento...

Vivemos num tempo em que não há medida para o mal. Não sou contra a tecnologia, mas com ela vem também a facilidade na divulgação do que é bom e o que não é. Através da mídia têm veiculado muitos modismos, ideias, conceitos e práticas que são ofensivas ao crescimento sádio entre crianças, adolescentes, jovens...
Uma prova disso são os jogos cada vez mais violentos que invadem nossos lares, disseminando, desde cedo, o instinto irracional e brutal. Áqueles que ficam horas contemplando o sangue jorrando na tela do pc, vão assimilando que matar é tão simples e às vezes necessário. Para estes, ver cenas chocantes na vida real é banal, pois estão acostumados a ingeri-las mesmo que numa realidade fícticia. E o real mistura-se com o irreal até um ponto que atinge a falsa percepção de que o que é certo, hoje é relativo. Meus sentimentos também vão se petrificando. Já não sinto compaixão com aquele que sofre. Até mesmo para aqueles em que amo.
Tenho visto muita brutalidade em gestos, palavras de filhos dirigidas aos seus progenitores. Tenho visto muitas lágrimas sendo derramadas de mães que não entendem o que está havendo com o comportamento hóstil de seus filhos. E mães que são dedicadas, que estão a lutar pela felicidade deles.
Nossas crianças, nossos adolescentes estão sendo bombardeados por muitas informações e, nós, pais estamos falhando na orientação e permitindo o acesso desenfreado a tal facilidade. Não estou exagerando quando digo permissão no acesso em medida de grande escala. Um exemplo recente disso é a tal prática do uso da pulserinha do sexo pelos adolescentes, originária da Inglaterra e disseminada pela internet. Muitos pais, autoridades, e próprios usuários de tal jogo, que aderiram por modismo, desconhecendo o real sentido, só tomaram conhecimento depois de certos fatos divulgados em consequência deste tipo de comportamento.
Um olhar atento às necessidades diárias dos filhos poupará muitas lágrimas no futuro.

quarta-feira, 24 de março de 2010

OBSTÁCULOS SUBMERSOS

Em um passeio a uma barragem próxima, meus três filhos pediram para deixá-los saltar de uma ponte recentemente construída. O pedido foi recebido com uma recusa definitiva. Não só o mergulho representava um salto de quatro metros, expliquei, como também poderia haver obstáculos submersos capazes de machucá-los.
Meu filho do meio, porém, não se convenceu com a minha explicação e sugeriu ao irmão mais velho que sondasse a água para verificar o local onde queriam saltar. Acabaram por descobrir que a profundidade era ótima e não havia problema algum ali. A tarde foi magnifica para eles.
Não posso deixar de relacionar essa experiência com a vida de todos os dias. Quantas oportunidades já não perdi em razão de “obstáculos submersos” que provavelmente nunca existiram?
Paul Coetser –

Este pequena experiência mencionada no espaço de Paul Coetser, levou-me a pensar em meus medos, principalmente como mãe de dois adolescentes. E concordo quando ele diz - “ Não posso deixar de relacionar essa experiência com a vida de todos os dias. Quantas oportunidades já não perdi em razão de “obstáculos submersos” que provavelmente nunca existiram?”

O medo de errar, de enfrentar o desconhecido, medo de correr riscos fazem surgir os obstáculos submersos. É verdadeiro que as oportunidades são deixadas a passar a diante de nós, simplesmente porque temos medo. O medo é um sentimento paralisante. Deixamos de agir e reagir tudo em nome do medo. Ele pode ter sido nos ensinado desde pequenos e/ou nós mesmos o criamos.
O fato é que o medo faz com que cada pessoa tenha reações diferentes diante dele. Para alguns é motivo de frear e ficar sem reação, para outros a reação é instantânea e imprevista, uma ação sem pensar. Tanto uma como à outra são frustantes, onde não há o domínio sobre o medo. Aqui a superação tem que ser ativada e custa bem mais àquele que a sente a eliminar e saber trabalhar com esses sentimentos negativos resultantes de ambas reações.

PORQUE OS RAPAZES VIRAM PAIS!

Será por causa das crianças? De jeito nenhum!
Há pouco tempo eu estava visitando uns amigos e a dona da casa pediu ao marido que fosse montar o ferrorama no quarto das crianças, para que os dois, Florian, 2 anos e Katherine,3, deixassem-nos à vontade. Os homens e as crianças desapareceram escada acima. Dez minutos depois, porém, os pequenos estavam de volta, pulando em torno de nós, as mães. Só os pais é que não retornaram.
Nossa filha ainda não tinha 4 anos quando meu marido surgiu com um kit de peças de metal para montar. Com os olhos faiscando, ele abriu o pacote e mostrou a Annika como unir as peças. Depois de uns 15 minutos, ela surgiu na cozinha, choramingando. Mas o pai continuava no tapete da sala de visitas, onde ficaria durante horas tentando armar o guindaste que tanto o fascinara quando tinha 10 anos.
Parece que algumas mulheres ainda pensam que o desejo do marido de ter filhos é uma prova de amor. Eu mesma pensava assim quando, depois de 10 anos, meu querido conseguiu imaginar-se pai e assim se tornou para mim mais do que o simples parceiro de um periodo da minha vida. Um fato é certo, porém: os rapazes viram pais para poder voltar a brincar, principalmente com aqueles brinquedos que lhes foram negados quando eles eram pequenos. A vida é dura para os homens...
Ou será que você consegue outra explicação para o fato de os quartos de crianças com menos de 2 anos estarem cheios de trenzinhos elétricos? Nossa filha Annika, agora com 7 anos, ainda não conseguiu se entender com o kit de peças de metal, para grande decepção do pai, que,apesar disso, ainda não desistiu de tentar despertar o interesse dela. Bem, pelo menos é o que ele diz...
Não que as mulheres também não se metam em atividades fora do comum quando se tornam mães. Eu mesmo não sou exceção: desde que minha filha fez sua primeira tentativa de esquiar, desenterrei um par de esquis que estava guardado há anos.
Da mesma forma, a natação é disciplina em que estive longe de ser campea a vida inteira e na qual descobri novos prazeres depois que Annika disparou na minha frente, ao mergulharmos no lago.
Mas com os homens é diferente: eu me diverti muito vendo como um de nossos amigos, de 50 anos, decidiu se aventurar no gelo, aos trancos e barrancos, depois que o filho começou a jogar hóquei sobre o gelo. E como estava feliz! Perguntei à mulher dele se não ficava preocupada com o perigo de o marido quebrar um osso. E ela respondeu: “Sabe o que é? A mãe dele o proibia de patinar com medo de que se machucasse ou quebrasse uma perna.”
Por isso o marido ficara em êxtase quando o filho surgira com a ideia de jogar hóquei sobrew o gelo. Ela acrescentou:”Meu marido disse imediatamente:”Claro, claro, jogue sim, meu filho. Eu vou jogar também!”
Isso confirma minha teoria de que os homens em algum momento desejam realizar antigos sonhos de crianças. A geração de 50 anos tem muito que tentar alcançar. Em vez de ficar impondo disciplina, eles dão aos filhos, e em consequência a si mesmos, a chance de realizar todos os desejos. E acabam se deixando levar pela empolgação.
Quando se fala em computador, acontece o mesmo. Não, é claro que o chefe de familia não vai se sentar diante do computador para se entregar a joguinhos. Mas, graças a Deus, existem uns softwares para crianças que são o máximo. E adivinhem quem os traz para casa e passa horas brincando com eles? Ah, é claro que o papai só está fazendo isso por motivos pedagógicos.
Texto redigido por Christine Schulz .
Fiquem pensando ao terminar de ler o artigo acima, duas coisas me são bem nítidas: - não só os meninos como as meninas, quando reprimidas na infância e/ou na adolescência terão o desejo de realizar na fase adulta, o que lhes foi proibido. Não importa se já é casado, ou tenha filhos. Há uma diferença de comportamento entre o sexo feminino, que muitas vezes impõe ao filho a sua frustação, para que se realize o seu desejo contido, e o sexo masculino de voltar a fazer coisas que não fizeram com a desculpa de estar ajudando aos filhos. São dois comportamentos destruidores de personalidades, individualidades.
A isso eu chamo de impor aquilo que eu desejo, desejei para criaturas que talvez não tenham nenhuma vocação.
Eu, mesma me vi desejando que minha filha tocasse piano e para minha alegria, ela se interessou em aprender a tocá-lo. Porém foi por algum tempo. Cantar e tocar piano foram coisas muito preciosas para mim. Não foram estimuladas por meus pais, era coisa minha, mas que por razões financeiras não me permitiram continuar. Todavia, eu me vi triste quando ela desistiu e até tentei encorajá-la a continuar. Levou algum tempo para perceber o que estava fazendo – realizar meu desejo através dela.
Para mim isso é uma violação de individualidade, mas, infelizmente é comum entre os pais. Talvez essa geração, já não tenha esse tipo de comportamento, pois, vivemos o tempo em que os filhos são os que violam os direitos dos pais.

quarta-feira, 17 de março de 2010

No amor há medidas?

O que exatamente quero dizer? O Significado real da palavra medida, segundo o dicionário da língua portuguesa Michaelis, a define como: grandeza determinada que serve de padrão para avaliar outras do mesmo gênero; parâmetro. A palavra amor vem do latim (amore) significa grande afeição de uma pessoa por outra, simpatia,carinho, grande amizade, ligação espiritual.

Toda palavra possui dois sentidos – o denotativo e o conotativo. Destes, provém os vários significados para uma mesma palavra. A que conclusão quero chegar? Simples, depende do sentido a que você dá as palavras que escolhe utilizar. Por isto, temos opiniões diversas e que nos possibilitam ir mais longe em nossas percepções. E através delas surgem as mudanças, as adequações, o novo. Um exemplo simples: se compararmos uma gramática antiga à uma atual (não estou falando de reforma ortográfica) mas do enfoque dado a determinadas palavras ( conceitos, definições), que se ampliam na medida em que o homem vai percebendo seu mundo com um novo olhar. Veremos a diferença conceitual entre elas.

Perceba: Se aplicar à palavra medida o conceito de um parâmetro, posso afirmar que – no amor há medidas. Caso contrário, não poderia distinguir paixão de amor, gostar de amar...
Porém, se à medida considero-a como intensidade, logo o amor é sem medidas. Porque amamos com intensidades diferentes, dependendo da personalidade de cada um.
Dizem que na medida em que amo, mais irei amar. Aqui temos o enfoque de permissão. Quanto mais eu me permito amar, mais serei amado e amarei. De igual maneira posso afirmar que o amor tem medidas.

Para a ciência em tudo há uma grandeza de medida, pois não existe formas iguais sem parâmetros. Não posso criar um determinado objeto sem aplicar-lhe limites de medidas. Como posso definir que algo é pequeno ou grande, largo ou estreito, fino ou espesso, reto ou torto... Se não tenho uma medida que a torne assim, daquele jeito diferenciador do outro?
A medida é essencial para estabelecer as diferenças, as igualdades de tudo que existe, até mesmo de nossos sentimentos e emoções.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

O avanço nas pesquisas científicas tem gerado possibilidades na melhoria da própria vida humana.

Pesquisas no tocante ao funcionamento do cérebro humano me fascinam, pois é nele que começa o princípio da propria vida. Uma pesquisa que vale a pena conferir:
AS MARCAS EMOCIONAIS DO MEDO

Circuitos neuronais, amígdalas e córtex auditivo garantem a formação de memórias associadas a emoções, como o pavor. Segundo o neurobiólogo Joseph Ledoux, professor da universidade de New York, a maior parte dos conhecimentos sobre as associações entre aquilo que sentimos e o que lembramos resulta dos estudos sobre condicionamento clássico: emite-se um ruído ou clarão ao mesmo tempo em que se aplica um choque elétrico (leve, mas incômodo) nas patas de um rato. Até certo número de aplicações, a cobaia reage automaticamente ao estímulo, mesmo na ausência do choque. Suas reações são características em todas as situações ameaçadoras: o animal se mobiliza, a pressão arterial e sua frequência cardíaca aumentam, e ele se sobressalta com facilidade. Esse tipo de condicionamento se dá ainda com rapidez em seres humanos. “Basta uma única experiência para criá-los e, uma vez estabelecidos, a resposta de medo associada a um som ou a um raio de luz persiste por um longo tempo”, explica LeDoux. Em compensação, se após o condicionamento o estímulo mais vezes ocorreu sem o choque, a reação do rato diminui. É o fenômeno da extinção: o cerebro “aprende” a controlar a reação de medo. Ainda assim a memória emocional não desaparece.

Estímulos exteriores, como odores e imagens, dirigem-se primeiro para o sistema límbico. Ele verifica o conteúdo e o teor emocional das informações, encaminhando-as para seus respectivos locais de armazenamento. Nesse processo, o hemisfério esquerdo fica responsável pela memória factual ou semântica. Nele são arquivados conhecimentos como os das quatro operações aritméticas e lembranças informativas, do tipo “Qual é a capital da Argentina?”. O hemisfério direito armazena memória autobiográfica ou episódica, associada aos sentimentos: as últimas férias, o semblante do nosso companheiro ou companheira, ou a lembrança de uma boa festa. Quando, porém, recordamos algo pessoal, também o hemisfério esquerdo participa. Pesquisadores supõem que tudo aquilo que, mais tarde, se deposita na memória autobiográfica passe antes pelo crivo da memória factual. Os lobos frontal e temporal evocam as informações armazenadas, estabelecem relações entre elas e as encaminham para os sistemas motores, ou seja, para os sistemas da ação. Assim é que o reconhecimento de um rosto amigo provoca um sorriso.

O AMANHÃ COMEÇA ONTEM

Precisamos de registros do passado para imaginar o futuro. Por estranho que pareça, para fazermos qualquer plano é preciso, primeiro: acionar os mecanismos da memória – as aréas do cérebro usadas para recordar e fazer projeções são as mesmas.
Por Thomas Grüter (médico especializado em distúrbios da memória) fisicamente, o homem vive no aqui e agora, mas em pensamentos está quase voltado para o que passou ou, com mais frequência ainda, para o amanhã. Quando repassamos nossa rotina diária mentalmente, anotamos os compromissos do mês na agenda, marcamos um almoço com amigos ou organizamos as férias, pensamos futuro – de forma bem concreta. Como nosso cérebro consegue realizar essa tarefa? Por mais paradoxal que pareça, antes de fazer qualquer planejamento é preciso relembrar. Segundo, neurocientistas, ao visualizarmos o que está por vir, utilizamos principalmente nossa memória.

Nos anos 80, psicológos já supunham que processos mnemônicos participavam da programação e visualização de acontecimentos. O pesquisador Endel Tulving, da universidade de Toronto, Canadá, defende em seu livro: Elements of episodic memory, de 1983, que nosso “arquivo de lembranças” nos torna capazes de realizar “viagens mentais no tempo.” Segundo ele, cada vez que nos recordamos de algo, recombinamos marcas mnêmicas, espécie de fiapos de memória, chamado engrama, e voltamos a memorizar o resultado. Esse processo é bastante semelhante quando imaginamos acontecimentos futuros dos quais pretendemos participar.

O cérebro grava informações pessoais na memória episódica ( hemisfério direito). É como se memorizasse curtos clips de cheiros, imagens, sons e sentimentos relacionados. Quando nos lembramos de algo, o sistema cerebral ativa esses elementos e os reagrupa. Assim, os engramas e suas referências voltam à consciência e são recombinados. A memória, portanto, trabalha de forma construtiva, gerando padrões de lembrança. Mas às vezes ocorrem erros, como demonstra o exemplo a seguir.

Ele: “ Que fim de semana horrível tivemos há alguns anos! Já na ida nosso carro quebrou. E durante a caminhada nas montanhas ainda fomos pegos de surpresa por uma tempestade e obrigados a passar a noite em uma cabana tosca.”

Ela: “Mas isso foi em duas férias diferentes! Você está fazendo confusão.”

Ele: “Você acha mesmo?”
Ela: “Sim, quando o carro quebrou nem chegamos à montanha, depois tivemos de levar o carro para o mecênico.”

Ele: “É mesmo, você tem razão.”

MISTURANDO FATOS

Assim como o personagem do diálogo fictício, todos nós estamos sujeitos a confundir lembranças de diferentes ocasiões. É só começarmos a contar, numa conversa entre amigos, sobre todas as cadásatrofe de diversas viagens de férias que tivemos que, em geral, os traços de memória já começam a se reagrupar sem que possamos nos dar conta desse processo. É por esse motivo e às vezes confundimos fatos e datas, pois a memória episódica não distingue vivências uma a uma, mas reúne fragmentos do passado que podem ser reativados por meio de determinados estímulos-chave.

SEMÂNTICA, EPISÓDICA, DECLARATIVA, IMPLÍCITA

A Memória humana forma uma complexa rede de sistemas interferentes entre si. Toda percepção ou ideia é inicialmente registrada apenas por curto período de tempo e depois esquecida ou transferida para a memória de longo prazo. Nela, podem se diferenciar três componentes: - a memória semântica inclui fatos, números, significados. Qual a capital da Argentina? Qual é a montanha mais alta do mundo? O que quer dizer implicíto? Quando eu nasci? Experiências pessoais, porém, raramente fazem parte dessa categoria. Já os fatos da própria vida quase sempre acabam caindo na memória episódica. Frequentemente nos lembramos de seu conteúdo sem os dados circunstanciais exatos – por exemplo, quando, onde e com quem aprendemos em que país fica Lisboa.
As memórias episódica e semântica muitas vezes são reunidas como declarativa. A princípio, ela congrega tudo o que foi aprendido e que pode ser expresso por palavras. Em contraposição, há a memória implicita para sequência de ações automatizadas: para amarrar nossos sapatos ou para escrever uma carta no computador não precisamos pensar na coordenação de nossos dedos – isso seria até mesmo um empecilho para tarefas cotidianas. Da mesma forma, também teríamos dificuldades em descrever com exatidão o que fazemos nesses casos, pois os seus respectivos programasa motores foram armazenados implicitamente pelo cérebro.
Será possível “localizar” essas diferentes memórias no cérebro? É possível que diferentes instâncias da memória guardem informações como “Lisboa é a capital de Portugal” recorrendo a mecanismos variados e “espaços” variados? Há algumas pistas sobre isso. Pesquisadores sabem que existem formas de perda da memória que atingem apenas um componente mnemônico, enquanto os outros aspectos permanecem intactos. Em 1997, Farraneh Vargha Khadem e seus colegas da university college, em Londres, relataram o caso de três crianças que, após sofrerem lesões cerebrais, passaram a apresentar amnésia anterógada: sua memória implicita e semântica estavam intactas, mas não conseguiram memorizar nenhum conteúdo episódico. Assim, elas continuaram aprendendo o conteúdo escolar de forma satisfatória, mas à noite já haviam esquecido que tinham estado na escola. E depois de curto período de tempo também não sabiam mais onde tinham deixado determinado objeto. Seu mundo consistia em uma estreita faixa de presente- o passado logo desaparecia na névoa do esquecimento.
Em outros casos, a memória semântica pode ser prejudicada, enquanto lembranças de vivências pessoais permanecem em grande parte intactas. Ou seja: as diferentes recordações do ser humano são amplamente separados mesmo do ponto de vista neuronal.

TIPOS DE PROCESSOS DE MEMÓRIAS

1 Memória intuitiva: (intuição, neste caso, significa intenção) quando pedi minha namorada em casamento.
2 Semântica: 7 X 7 = 49; Paris é a capital da França.
3 Episódica: a última noite das férias de verão; as mãos de meu filho...
4 Implícita: andar de bicicleta, o pulôver que dá coceira; trocar de marcha corretamente ao dirigir; escovar os dentes.

Ao longo do tempo, as lembranças empalidecem e perdem sua riqueza de detalhes, mas o quadro geral permanece.

O que o cérebro faz quando nós não fazemos nada?
Pesquisadores coordenados por Malia Mason, do Dartmonth College, em Hannover, USA, descreveram um estado no qual o cérebro entra quando não tem nenhuma atividade para solucionar, é o modo default (default mode). Os padrões observáveis de excitação nessa condição correspondem amplamente àqueles visiveis durante o planejamento do futuro ou uma lembrança pessoal. O denominador comum é, supostamente, um deslocamento da atenção do mundo exterior para o interior, imaginário.
Afinal, a memória sádia não tem a ver com a retenção daquilo que é significativo, mas também com a habilidade de esquecer o que não tem tanta importância para que outras lembranças se instalem.
Fonte: Revista Mente&Cérebro - Glaúcia Leal.

Vale a pena colocar na íntegra a entrevista Yves de La Taille, elaborada por Natalícia Alfradique.

Yves de La Taille, psicólogo especializado em desenvolvimento moral, fala sobre como, apesar da crise por que passam, sobretudo na família e na escola, a moral e a ética continuam a ser pontos fundamentais na educação e desenvolvimento das crianças.
Educar. Palavra de apenas seis letras que traz consigo um amplo leque de responsabilidades que deixa qualquer pai ou educador que se proponha à árdua tarefa de ensinar uma criança a trilhar os caminhos do mundo inseguro. A violência, a falta de respeito e o individualismo — algumas das marcas registradas dos dias atuais — levantam questões sobre como andam e como transmitir dois conceitos fundamentais da boa educação e do convívio social: a moral e a ética.
Para Yves de La Taille, professor do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, a situação do mundo hoje é paradoxal. "De um lado, verificamos um avanço da democracia e do respeito aos direitos humanos. Mas, de outro, tem-se a impressão de que as relações interpessoais estão mais violentas, instrumentais, pautadas num individualismo primário, num hedonismo também primário, numa busca desesperada de emoções fortes, mesmo que provenham da desgraça alheia", afirma.
La Taille nasceu na França, mas, desde criança, vive no Brasil. É professor de Psicologia do Desenvolvimento Moral na USP. É co-autor dos livros Piaget, Vygotsky, Wallon: Teorias Psicogenéticas em Discussão, Indisciplina na Escola (Summus Editorial) e Cinco Estudos de Educação Moral (Casa do Psicólogo) e autor, entre outros, de Limites: Três Dimensões Educacionais (editora Ática). Investiga o desenvolvimento moral desde a década de 80 e é um dos especialistas mais respeitados do país nessa área.
Segundo ele, a crise moral e ética atinge tanto a escola quanto as famílias, e uma empurra a responsabilidade da educação das crianças para a outra. "Muitos professores acusam os pais de não darem, por exemplo, limites a seus filhos, e muitos pais acusam a escola de não ter autoridade e de não impor a disciplina", diz. Mas completa que tanto uma quanto a outra têm grande responsabilidade no desenvolvimento moral e ético das crianças.
Leia a seguir a entrevista com o professor.
A definição de moral e ética é muito discutida atualmente. Como você define cada uma delas?
Entre as alternativas de definição e diferenciação entre os dois conceitos, eu tenho empregado estas: moral é o conjunto de deveres derivados da necessidade de respeitar as pessoas, nos seus direitos e na sua dignidade. Logo, a moral pertence à dimensão da obrigatoriedade, da restrição de liberdade, e a pergunta que a resume é: "Como devo agir?". Ética é a reflexão sobre a felicidade e sua busca, a procura de viver uma vida significativa, uma "boa vida". Assim definida, a pergunta que a resume é: "Que vida quero viver?". É importante atentar para o fato de essa pergunta implicar outra: "Quem eu quero ser?". Do ponto de vista psicológico, moral e ética, assim definidas, são complementares.
Alguns estudiosos definem como uma característica da pós-modernidade a crise nos valores morais e éticos por que passam as civilizações, principalmente as ocidentais. Outros falam até em ausência total da moral nas relações entre as pessoas nos dias de hoje. A que você credita essa crise? É possível vivermos sem moral e ética?
A situação parece-me de certa forma paradoxal. De um lado, pelo menos no mundo ocidental, verificamos um avanço da democracia e do respeito aos direitos humanos. Logo, desse ponto de vista, saudosismo é perigoso. Mas, de outro lado, tem-se a impressão de que as relações interpessoais estão mais violentas, instrumentais, pautadas num individualismo primário, num hedonismo também primário, numa busca desesperada de emoções fortes, mesmo que provenham da desgraça alheia. Assim, penso que, neste clima pós-moderno, há avanços e crise. É como se as dimensões política e jurídica estivessem cada vez melhores, e a dimensão interpessoal, cada vez pior. Agora, como não podemos viver sem respostas morais e éticas, urge nos debruçarmos sobre esses temas. De modo geral, penso que as pessoas estão em crise ética (que vida vale a pena viver?), e essa crise tem reflexos nos comportamentos morais. A imoralidade não deixa de ser tradução de falta de projetos, de desespero existencial ou de mediocridade dos sentidos dados à vida.
Então, essa crise das questões morais e éticas tem relação direta com a violência, o desrespeito, o individualismo, etc. vividos atualmente?
Veja: se o projeto de vida de alguém for, como é freqüente hoje em dia, ter muito dinheiro e glória, esse alguém tende a ver as outras pessoas como adversários (o dinheiro não dá para todos) ou como súditos de seu sucesso. Nos dois casos, são instrumentos de seu projeto. Manipula-os quando necessário, elimina-os quando não pode manipulá-los. Eis a violência instalada. Muitos valores presentes na sociedade contemporânea levam a relações fratricidas, e a violência no interior da própria comunidade passa a ser vista como modo inevitável de convívio e qualidade dos "fortes".
É interessante observar como muitos anúncios de propaganda, na televisão e no rádio, apresentam relações sociais competitivas, rudes e violentas, e isso para vender serviços telefônicos, carros, vídeos, etc., ou seja, objetos ou serviços nada bélicos.
De que maneira essa crise afeta as relações na escola e na família?
Ela afeta todas as relações e, por conseguinte, aquelas que unem a família e a escola. Nesse caso, o que se verifica é a constante delegação de responsabilidade a outrem — da família para a escola e vive-versa — e também a constante acusação mútua de incompetência ou desleixo. Muitos professores acusam os pais de não darem, por exemplo, limites a seus filhos, e muitos pais acusam a escola de não ter autoridade e de não impor a disciplina.
E a quem cabe a parte mais importante da formação moral e ética das crianças, à escola ou à família?
Não penso ser possível estabelecer hierarquia. Ambas as instituições são fundamentais para a educação moral e a formação ética. Logo, devem trabalhar em cooperação, completando-se mutuamente.
Em seu livro Limites: Três Dimensões Educacionais, você sugere a retomada da discussão do "contrato social" entre os indivíduos nos projetos educacionais como forma de melhorar as relações da comunidade. Qual é a melhor maneira de fazê-lo na realidade da escola brasileira?
Sabe-se que a melhor, para não dizer a única, forma de ter sucesso na educação moral, na formação ética e na pacificação das relações é, no seio da escola, trabalhar a qualidade do convívio social entre seus membros (professores, alunos, funcionários e pais). Logo, em vez de limitar-se a impor inúmeras regras, é melhor a escola deixar claro, para todos, os princípios que inspiram a convivência social. A elaboração de regras — que pode ser feita pela comunidade como um todo — será derivada da apreciação desses princípios. Eis o que se pode chamar de discussão do "contrato social".
No mesmo livro, você afirma que existe uma contradição, na qual se verifica, ao mesmo tempo, a falta de limites em muitas pessoas (e não apenas nos jovens, como reza o senso comum) e que o excesso desses limites também sufoca a maioria delas. Qual é a medida certa para transpor alguns limites e amadurecer e como impor limites que permitam a vida em sociedade?
A questão pode ser retomada por meio dos conceitos de moral e ética. A moral trata de limites no sentido restritivo (deveres). A ética, por remeter a projetos de vida, trata dos limites no sentido da superação, do crescimento, da busca de excelência. Ora, se há excesso de limites, em breve, se a sociedade, em vez de estimular o crescimento, valorizar a busca de uma vida que não vá além do mero consumo e que se contente com o aqui-agora, com a mediocridade, ela vai prejudicar a perspectiva ética e, conseqüentemente, a perspectiva moral. Uma pessoa somente agirá moralmente se vir, nesse tipo de ação, a tradução de uma vida que vale a pena ser vivida. Como a moral impõe restrições à liberdade, uma pessoa somente vai aceitar tais restrições se fizerem sentido num projeto de vida coletivo e elevado.
Numa palestra, você afirmou que, em sua maioria, os pais de hoje foram os filhos, nas décadas de 60 e 70, que lutaram com todas as forças contra a repressão, por isso, às vezes não impõem os limites corretos aos filhos por terem medo de parecer "autoritários". Como fazer para dosar a disciplina em casa e transmitir os valores éticos corretamente sem parecer antiquado?
O medo de ser autoritário é um sentimento importante. Mas o que é autoritarismo? É impor regras injustas, arbitrárias. É impor regras — mesmo que boas — negando à pessoa que deve obedecê-las a possibilidade de compreender sua origem e sentido. Exercer autoridade é outra coisa. Para tanto, as regras colocadas devem ser justas e devem também ser explicadas. Um bom exemplo de relação com autoridade é a relação que temos com um médico: seguimos suas prescrições porque o consideramos como representante de um conhecimento legítimo, inteligível (por mais difícil que seja) e que pode nos fazer algum bem. A relação de autoridade, seja na família, seja na sala de aula, deve seguir essa mesma lógica: os pais ou os professores devem ser reconhecidos como pessoas que detêm conhecimentos legítimos e necessários ao pleno desenvolvimento das novas gerações. Assim sendo, é claro que a moral (o respeito pelo outro) e projetos éticos de crescimento pessoal e social correspondem a valores preciosos para a vida. A criança começará a pensar neles referenciada em figuras de autoridade e, quando conquistar a autonomia, vai se libertar da referência à autoridade certamente com gratidão.
Você acredita que a violência a que estão expostos os jovens — através da TV, videogames, etc. — pode por si só influenciar e tornar as crianças violentas ou isso pode variar de acordo com os valores morais implícitos?
É uma questão difícil de ser respondida e sobre a qual não temos dados confiáveis. A meu ver, não é tanto a exposição a cenas de violência que pode causar comportamentos violentos, mas sim o sentido dado a elas. Se filmes mostram a violência como recurso último, cujo uso segue certas balizas morais e cujo objetivo é, ele mesmo, moral (lutar pela justiça), é uma coisa. Agora, se glorificam a violência em si, se a colocam a serviço do próprio prazer, se a colocam como primeira opção de resolver conflitos, é outra coisa. No primeiro caso, a violência é apresentada com crítica, no segundo, não. Isso pode exercer uma influência sobre o sistema de valores de jovens. Mas é preciso lembrar que há tantas variáveis e influências em jogo que não se pode eleger os meios de comunicação e entretenimento como grandes vilões.
Título: Limites: três dimensões educacionais
Autor: Yves de La Taille
Editora: Ática

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Poema: "Pessoas são dons" uma reflexão com enfoque no relacionamento pessoal.

Pessoas são presentes que chegam a mim embrulhadas.
Umas são presentes que vêm num embrulho bem bonito: são atraentes logo que as vejo.
Outras vêm em papel bastante comum.
Outras ficaram machucadas no correio.
De vez em quando chega uma registrada.
Umas pessoas são presentes que vêm em invólucros fáceis.
Outras é bem difícil de tirar a embalagem.

Porém, a embalagem não é o presente.
É fácil fazer este erro...
ÁS vezes o presente não é muito fácil de abrir...
Precisa-se da ajuda de outras pessoas.
Será que a razão é o medo?
Será que é o ódio?
Talvez já tenham sido desembrulhadas e o presente jogado fora.
Pode ser que este presente não seja para mim.
Eu sou também uma pessoa. Por conseguinte, também sou presente.

Um presente a mim mesmo, antes de tudo.
Já olhei para dentro de minha própria embalagem.
Talvez nunca tenha aceitado o presente que sou...
Pode ser que dentro da embalagem haja algo diferente do que eu penso.
Talvez eu nunca compreendi o presente maravilhoso que sou...
Eu adoro os presentes que aqueles que me amam dão a mim.
PORQUE NÃO AMO O PRESENTE, ESTE PRESENTE, A PESSOA QUE SOU?

Sou um presente às outras pessoas.
Estou pronto para ser dado pelo Pai aos outros?
Será que os outros têm de ficar contentes só com a minha embalagem?
Será que nunca chegarão a gozar do presente?
Cada encontro de pessoas é uma troca de presentes.
Mas o dom sem doador não é mais dom...
É somente uma coisa vazia, sem relacionamento entre doador e o receptor.
A AMIZADE é um relacionamento entre doador e pessoas que se vêem a si mesmas como realmente são.
Dons do Pai um ao outro... IRMÃOS.

Simplesmente Amo!

Amar, verbo intransitivo quando solitário... (Eu amo)
Amar, verbo transitivo quando acompanhado... (Eu amo a minha família), porém,
Se a intensidade for a sua meta, diria que não é mais o verbo e sim, o substantivo amor,
(O amor enobrece a alma);
Abstrato, ou não, todos em algum ponto da vida o sentirão!!!
Há aqueles que se intitulam ou rotulam alguém de amorzinho, diria então, que já não posso classificá-lo de substantivo e sim, de um adjetivo... ( Ela é um amorzinho).
Por isso, amo a nossa língua que é capaz de transformar uma só palavra em diversas classes gramaticais e determinar várias funções:
-Se verbo, o núcleo do predicado....
-Se substantivo, o núcleo do sujeito ou dos objetos...
-Se adjetivo, um adjunto adnominal do sujeito ou do complemento verbal...
Ah! Amo essa língua amorosa que me faz lembrar o amor.

Poesias de Momentos

Espelho

Pequena sou diante deste Universo,
Grande aos olhos do Criador,
Mágica aos olhos inocentes,
Cruel aos olhos perversos,
Fatal aos olhos da morte.

Com tudo isso,
E por tudo isso,
Não tenho a ambição de ser Tudo,
Nem tampouco o Nada,
Simplesmente quero apenas Ser.

Ser eu mesma,
E não o que querem que eu Seja.

Neli

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Percepção Retilínea

Não gosto da palavra sempre, pois sugere rotina. Aprecio o variável, aquilo que muda, diferencia. Igual, ou o mesmo de sempre, me é enfadonho, cansativo. Na natureza vemos uma variedade de formas, cores, perfumes, belezas... Acredito que em nossa natureza humana Deus também colocou o desejo do aperfeiçoamento... Cada ser tem características próprias, únicas, que o diferenciam uns dos outros. Não só no aspecto físico como no cognitivo. Se não fosse assim, não teríamos relacionamentos produtivos- - o aprender com a visão do outro, aquilo que não consigo visualizar.
Quando deparo com pessoas que só vêem um lado de direção – percepção retilínea – saio de sua presença vazia, triste... porque não me contribuiu e nem tive a chance de acrescentar-lhe algo. Essas pessoas são aquelas que permanecem no ponto de partida, olhando para frente sem sair dele. Suas conversas são: viu o fulano hoje? Está de cara fechada, mas também olha como se veste e o cabelo então? Sem comentários... Sabe da última? O fulaninho está de carro novo... Como será que ele conseguiu? E tantos outros que não vale a pena perder tempo mencionando-os. É claro que devemos enxergar o outro, seu visual, seu comportamento, mas não deve ser apenas isso. O pior são as críticas negativas. Será que não há algo de bom que saliente ou mesmo supere esse lado ruim de alguém? Tudo depende da direção que tomamos. Uma mente aberta é aquela que percebe o que há ao redor dela em vários ângulos ou direções. Se você percebe o lado obscuro tente ver o brilho da luz que está junto ao obscuro.
Gosto de mudanças e o que não consigo mudar, a minha tendência é tomar distância. Recriar mesmo que seja apenas no abstrato. Talvez algum dia deixe de ser abstrato e faça parte do concreto. Refiro-me ao desejo no pensamento, que poderá compor minha realidade, num determinado tempo, numa determinada situação. O que não podemos perder é a esperança – que é a mola mestre para o viver intenso, produtivo.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

A cada dia perdemos um pouco de ...

Fiquei pensando: porque a criança quando se depara com a subtração e divisão custa a assimilar este conteúdo? Segundo psicólogos, o ser humano não sabe lidar com as perdas e subtrair e dividir tem esse valor conotativo. Ah! Desde a tenra infância o sabemos muito bem o quanto dói uma perda.
Vivemos num mundo onde em todo momento estamos perdendo algo... .O minuto que passou é o tempo que não volta mais. O tempo não circula e retorna, ele simplesmente passa. A cada dia perdemos um pouco de nossa juventude..., perdemos valores, transações comerciais, amizades, pais, avós, filhos, ano letivo, encontros, objetivos, sonhos, amor, felicidade, harmonia, compreensão...
Enfim, perdas! Como lidar com elas?
Se tivéssemos todas as respostas aos anseios humanos, a vida não seria um mistério.

Filhos - seres únicos ligados por necessidades básicas...

Sou uma mãe apaixonada, inteiramente inserida no crescimento físico-mental-espiritual deles. Quando crescerem compreenderão minhas atitudes. Amo meu filho, amo minha filha, mas respeito o individualismo deles, porque é isso que os torna únicos. Cada flor tem sua textura, sua forma, suas necessidades, assim acontece com toda criatura, que vive sobre a face da terra. Seres únicos ligados por necessidades básicas: fome, sede, afeto e compreensão de si mesmo. Quando não nos conhecemos, ficamos procurando valores, coisas, pessoas e mesmo silêncios como resposta a nossos anseios de identidade. Têm pessoas que chegam à velhice sem prumo, porque não respeitaram seu individualismo e o ensinaram a abafar sua personalidade. Mas, quem permite que as coisas aconteçam? O limite está em suas mãos, é você que permite ou dá a liberdade de como o tratarão. Nada acontece ou nos atingem se não o permitirmos. É você que escreve a sua história. Ela pode ser marcante, insignificante, intensa, monótona, forte, fraca... só depende de você.
Meu filho está em busca de sua identidade e precisa de minha ajuda. Não preciso dizer o caminho, porque ele tem que encontrá-lo sozinho. Ás vezes tenho que atingir sua sensibilidade e magoá-lo, isso faz parte do seu crescimento. Ele também me fere, jogando fora e questionando meus valores. Entendo que ele procura em mim a firmeza, para que possa encontrar a sua. Valores de vida são fundamentos básicos, estáveis de sossegar a procura de preencher o vazio que existe dentro de cada um. Cada um sabe o que significa e o que é o seu vazio.