Caro leitor,

Acredito que a interação de ideias faz parte do crescimento individual e coletivo, em toda extensão do conhecimento. Só cresce aquele que encontra o que busca e o mais importante: compartilha.
Suas opiniões serão bem vindas!

terça-feira, 20 de abril de 2010

"Me limito quando me descrevo."

Interessante e inteligente pensamento. Nós seres humanos somos complexos, um universo único, individual e à parte.
Ùnicos porque não existe ninguém igual a você. À parte porque essa particularidade de ser individual e único, além de te diferenciar do outro, faz com que busque e sinta o mundo em que vives, de maneiras distintas. Então, és capaz de conhecer-te integralmente e parcialmente o outro. E nessa filosofia a percepção de ti mesmo só se completa na morte.
Quando nascemos dependemos da ajuda dos pais para sobreviver, não conhecemos ainda nossa capacidade de ser. Na adolescencia buscamos a identidade, aqui é a fase da crise existencial, descrevendo-me neste período estou me limitando ao que busco – identificação com o meio em que vivo e ser aceito por ele. Na fase adulta já sabemos o que queremos e pensamos que temos o controle sobre nós mesmos, descrevendo-me me limito ao que acredito ser. Na velhice , a fase da experiência vivida, descrevendo-me nesta, também me limito, porque parcialmente minha memória já está em declínio e os valores que tinham importância na juventude já não são mais os mesmos.
Quando me descrevo nas fases em que me encontro no momento em que vivo, estou me limitando a um conhecimento que se amplia a medida em que envelheço.

domingo, 4 de abril de 2010

Um olhar atento...

Vivemos num tempo em que não há medida para o mal. Não sou contra a tecnologia, mas com ela vem também a facilidade na divulgação do que é bom e o que não é. Através da mídia têm veiculado muitos modismos, ideias, conceitos e práticas que são ofensivas ao crescimento sádio entre crianças, adolescentes, jovens...
Uma prova disso são os jogos cada vez mais violentos que invadem nossos lares, disseminando, desde cedo, o instinto irracional e brutal. Áqueles que ficam horas contemplando o sangue jorrando na tela do pc, vão assimilando que matar é tão simples e às vezes necessário. Para estes, ver cenas chocantes na vida real é banal, pois estão acostumados a ingeri-las mesmo que numa realidade fícticia. E o real mistura-se com o irreal até um ponto que atinge a falsa percepção de que o que é certo, hoje é relativo. Meus sentimentos também vão se petrificando. Já não sinto compaixão com aquele que sofre. Até mesmo para aqueles em que amo.
Tenho visto muita brutalidade em gestos, palavras de filhos dirigidas aos seus progenitores. Tenho visto muitas lágrimas sendo derramadas de mães que não entendem o que está havendo com o comportamento hóstil de seus filhos. E mães que são dedicadas, que estão a lutar pela felicidade deles.
Nossas crianças, nossos adolescentes estão sendo bombardeados por muitas informações e, nós, pais estamos falhando na orientação e permitindo o acesso desenfreado a tal facilidade. Não estou exagerando quando digo permissão no acesso em medida de grande escala. Um exemplo recente disso é a tal prática do uso da pulserinha do sexo pelos adolescentes, originária da Inglaterra e disseminada pela internet. Muitos pais, autoridades, e próprios usuários de tal jogo, que aderiram por modismo, desconhecendo o real sentido, só tomaram conhecimento depois de certos fatos divulgados em consequência deste tipo de comportamento.
Um olhar atento às necessidades diárias dos filhos poupará muitas lágrimas no futuro.