Caro leitor,

Acredito que a interação de ideias faz parte do crescimento individual e coletivo, em toda extensão do conhecimento. Só cresce aquele que encontra o que busca e o mais importante: compartilha.
Suas opiniões serão bem vindas!

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Casa vazia...

Casa vazia é assim que me sinto hoje, porque estou completamente só. Tenho dois filhos, mas que neste momento estão em outro lugar. E aqui estou perdida neste silencio total.  Filhos! Eles crescem e tomam rumos pelos quais você não faz parte. Isso é natural.  Todavia, perceber isso é um tanto dolorido, principalmente para  as mães.  Ser mãe dedicada e ao mesmo tempo ter sua vida individual preservada é fundamental para a fase em que eles seguem seu curso natural - o sair da casa dos pais.
Casa vazia, sim da presença deles, porém cheia de vozes, ruidos...
Em cada canto uma lembrança e no coração uma certeza eles voltarão numa e outra visita.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Buscando o entendimento

Personalidade é o conjunto de características psicológicas, de certa forma estáveis, que determinam a maneira como o indivíduo interage com o seu ambiente. Também podemos definir “personalidade” como “a organização integral e dinâmica do contexto formado pelos atributos físicos, mentais e morais do indivíduo, compreendendo as características hereditárias e as adquiridas durante a vida: hábitos, interesses, inclinações, complexos, sentimentos e aspirações.“

A formação da personalidade tem início a partir do nascimento. Assim, os primeiros anos de vida de uma pessoa são decisivos para a gênese de sua futura personalidade. Neste período são delineadas as principais características psíquicas, a partir da relação da criança com os pais, pessoas próximas, objetos e meio ambiente. Por isso, estas relações devem suprir todas as necessidades físicas e psico-lógicas da criança. A não satisfação das mesmas pode causar sérios prejuízos à formação da personalidade. Outrossim, é preciso acalentar o desenvolvimento de uma ampla gama de virtudes desde os primeiros anos de vida, em especial a temperança, que propicia a conquista de um sentido de equilíbrio, evitando-se a exacerbação de necessidades, por um lado, e, por outro, a insatisfação de outras consideradas fundamentais. Neste contexto, além das necessidades de manutenção da vida, todos os indivíduos possuem necessidades de aprovação, independência, aprimoramento pessoal, segurança e auto-realização, onde serão desenvolvidos os valores existenciais, estéticos, intelectuais e morais.

A formação da personalidade

A qualidade das relações entre pais e filhos exerce uma influência determinante na formação psicológica destes. A partir dos primeiros meses de vida, os pais e responsáveis pela criação e educação das crianças devem dedicar toda a atenção ao desenvolvimento de sua auto-estima. É imprescindí-vel oferecer muito afeto e carinho, estimular, elogiar, motivar, para que as crianças construam sua personalidade com base em elevado amor próprio. Da mesma forma, os pequenos devem ter toda a liberdade para expressar emoções: alegria, afeto, tristeza, medo e raiva, as chamadas emoções autênticas. Se a criança for levada a reprimir suas emoções, desenvolverá uma personalidade combalida, neurótica, plena de tensão, ansiedade, angústia, depressão.

A mania de perfeição é outra característica que pode ser considerada doentia e resulta certamente em prejuízo à formação dos indivíduos. Por outro lado, são igualmente nocivas: a indiferença, a rejeição, as desqualificações (chacotas, escárnios, gozações).

A seu turno, os pais e responsáveis devem imprimir, clara e objetivamente, certos limites e regras fáceis e simples de serem cumpridas, desde a mais tenra idade. Não se pode deixar uma criança agir de forma totalmente desregrada e livre, sem qualquer fronteira. Inúmeros livros já foram escritos sobre o assunto, com títulos assemelhados a “Limites na medida certa”, “Colocando regras, com afeto”; ou, “Seu filho precisa conhecer as regras do jogo da vida”. Outro aspecto é a coerência entre palavras e atitudes. Não é possível conciliar uma regra enunciada verbalmente com uma atitude oposta. Por exemplo, afirmar o acerto de hábitos de higiene e, depois, deixar objetos pelo chão, não recolher roupas sujas, ou “varrer o pó para debaixo dos tapetes”...

Agora, outra questão de suma importância. Para que o desenvolvimento das crianças ocorra de forma natural e saudável: é absolutamente necessário que elas se entreguem, em grande parte de seu tempo ativo, às brincadeiras próprias de sua idade, individual ou coletivamente. Os folguedos coletivos proporcionam o relacionamento interpessoal, de ex-trema importância para a formação do caráter social do indivíduo. A livre expressão da alegria, própria das atividades lúdicas, é fundamental para a saudável formação da personalidade.

Desta forma, podemos compreender a importância de brincadeiras adequadas para cada faixa etária. Os brinquedos, até os seis meses de idade. devem ser relacionados ao tato, ao sentir os objetos em suas formas e texturas. Além do contato físico com as mãos, o contato visual, o gustativo, o olfativo, o auditivo, são de suma importância. A partir desta primeira fase, é preciso oferecer às crianças brinquedos com certas características: cores vivas, formas interessantes, sons refinados, aromas adequados. Após o primeiro ano de vida, o que ganha importância são os carrinhos, os bonecos que se movem e também a música – seqüência de sons harmônicos e melodiosos. Em seguida, vêm todos os objetos e ações que adestram a imaginação e despertam o senso de criatividade.

A criatividade é uma característica de imenso valor no contexto humano. Ela deve ser exercida de forma livre, sem qualquer limitação. Na infância, desempenha um papel de extrema importância na formação da personalidade. Assim, os pais e os professores devem ter o máximo cuidado para não bloquear a capacidade das crianças neste contexto. Eles precisam fornecer os elementos e devem permitir às crianças que descubram por si mesmas os procedimentos para chegar ao objetivo final: a satisfação, a alegria, o desenvolvimento do lúdico. Não é admissível que os adultos mostrem ou determinem às crianças a maneira como devem fazer as coisas. Isto tolhe a oportunidade que elas têm de exercitar a imaginação, a criatividade, a curiosidade, a enorme satisfação em descobrir, por si próprias, a melhor maneira de agir e brincar.

Outro fator que influencia a formação da personalidade é a movimentação física da criança, principalmente através dos esportes praticados por prazer, não por competição. A movimentação física saudável, prazerosa, melhora o estado geral do organismo, tanto físico quanto psicológico. O esporte propicia à criança, além do saudável prazer e alegria, o descobrimento de seus limites, suas reais capacidades. O esporte, praticado com sabedoria, sob a supervisão de profissionais competentes, proporciona o gradual desenvolvimento do indivíduo, a partir de tenra idade. Neste contexto, a criança consegue superar o medo, de qualquer espécie: de se machucar, de se enfrentar com outras crianças, do ridículo, de perder a competição. Assim, o esporte mostra o caminho da superação. Este processo proporciona um aprendizado de imenso valor, onde se encontram fracassos e sucessos, mas, com certeza, também a ampliação dos limites, da real capacidade, em todos os sentidos.

Assim, formado o embasamento sólido e saudável da personalidade, nos primeiros anos, pode o indivíduo, no decorrer de sua existência, ampliar suas capacidades e habilidades, enriquecer seu caráter, e, num processo permanente de desenvolvimento pessoal, experimentar uma vida plena de sentido e felicidade.

Do livro: "A Arte de Viver" - Ramiro Sápiras

sábado, 4 de fevereiro de 2012

O indivíduo e a reação.

Têm pessoas que já nasceram com o fracasso. Não lutam e a qualquer obstáculo desistem. Vivem uma vida toda enterrando talentos e oportunidades. Já outras fazem de tudo para alcançarem seus objetivos e suas metas.
O que falta a primeira classe de pessoas? Estímulo! É estímulo, porém não de terceiros e sim de si próprio.
Aos pais cabe a responsabilidade de incentivar os primeiros passos, as primeiras palavras e prover as necessidades básicas de saciar a fome e o afeto.
Esses primeiros estímulos para um bebê será um aprendizado para todo o período de sua existência. Com eles nasce a força interior, que ao longo da trajetória de vida irá se aprimorando.
Não basta prover o alimento para o desenvolvimento físico, dar carinho e atenção, para o desenvolvimento emocional. Há uma grande necessidade de passar conhecimentos que servirão de base para que o indivíduo desenvolva suas potencialidades, a partir do conhecimento de si mesmo.
O diálogo, os passeios, o companherismo, o abrir o coração ao filho, dando a liberdade de escolha, farão deste um indivíduo pensante, motivador. Vejo que muitos pais dizem não aos filhos e não esclarece o motivo daquele não. Então, o que fica de aprendizado para aquela criança? Nada? Não. Aprende logo a ser intolerante e assume uma personalidade de autoritário. Tanto para um sim como para um não existem motivos, se não explanados aquele que o recebe o aceita com indignação, pois desconhece as reais intenções daquele que o pronunciou.
Educar não é fácil. Educar para a felicidade, para um ser total, completo em equilíbrio requer muito de nós e muitas vezes só aprendemos quando já é tarde. Fácil é criar indivíduos egoístas, desmotivadores de si mesmo e de outros, isso é muito fácil, basta não haver dialogos e só um sim ou um não e ponto final!
Deus nos criou com a capacidade de escolha, portanto através dela nos concedeu liberdade e ninguém tem o direito de impor, tolir a escolha do outro. Orientar, sim. E esse é o papel de todo pai e de toda mãe: orientar, impor nunca!
Impor é passar por alto todas as capacidades do indivíduo, matando algo muito importante o aprendizado de si mesmo, do caminhar por suas próprias escolhas. quando imponho minhas ideias, meu modo de ver e pensar, estou desrespeitando o ser individual.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

"Não são as ideias que transformam o mundo e sim as atitutes."

Li este pensamento entre vários outros citados numa entrevista, mas o que me chamou a atenção e me fez refletir foi exatamente este. Por quê?
Porque vivemos no tempo da informação, o melhor no bombardeamento delas, e a exigência deste mercado são as ideias. A todo instante dizem-nos que devemos ser criativos, que a criatividade é um dos pré-requisitos do sucesso.
Fiquei pensando se tão somente eu  pensar, criar em minha mente ou expô-los num papel e até mesmo mencioná-los a alguém, minhas ideias serão ocas, porque não surtirão efeitos.
É evidente se a registrar em uma folha de papel ou tornando-a conhecida de alguém, elas passam a um plano de existência real com possibilidades de tornarem-se mais concretas. Todavia, se tão somente  ficar nessas ações meu objeto criativo irá se desvanecer.
Mas, o que é preciso? Atitudes!
Vejam bem mencionei atitudes,  no plural. Ora, uma atitude leva a outra e assim em diante. Isso se eu não queimar etapas.
Quando isso acontece? Deixando de realizar qualquer ato enquanto ainda não brotou seus frutos.
Portanto, ideias sem atitudes são ineficazes, passam a um quadro de não existência.